O Life Coaching pode me ajudar? Fizemos 11 perguntas ao Autor do livro "Life Coaching" sobre o tema.
Tive o prazer de ser procurado pelo jornal "O Estado do Ceará"para responder a seguinte entrevista que transcrevo aqui na íntegra.
Os editores do jornal me procuraram após conhecerem o Livro Life Coaching - Equilibrando as 7 áreas fundamentais da vida. (saiba mais)
O Livro é um livro único no país, não temos, na literatura do desenvolvimento pessoal, algo com a mesma abordagem.
Espero que aproveitem a leitura da entrevista e que usem esta incrível metodologia para transformarem suas vidas.
1. De que forma o
senhor espera atingir as pessoas com a publicação de Life Coaching?
Acredito que o livro supre uma lacuna
muito grande existente na literatura de desenvolvimento pessoal. Como um leitor
de inúmeros livros, eu sempre senti a necessidade de algo mais prático, menos
retórico e que pudesse trazer exercícios e instruções práticas sobre o que é
realmente necessário fazer para equilibrar as áreas chaves da nossa vida.
O livro espera atingir este público que
tem um desejo legítimo de mudança interior e precisa apenas de um
direcionamento assertivo – na forma de instruções – para isso.
Particularmente, sou fã dos
exercícios que proponho no livro e os pratico diariamente.
Espero que as pessoas não apenas os
façam como também os incorporem nas suas rotinas.
2. O senhor
acredita que "Life Coaching" pode ajudar as pessoas de que forma?
Sou suspeito para falar, afinal sou
fruto do processo. Deixo isso bem claro no livro.
A maneira mais impactante da
metodologia do Life Coaching está, justamente, no fato dela incluir literalmente
tudo.
Isso significa que o seu trabalho,
sua carreira, sua saúde, seus estudos, seus relacionamentos, filhos, etc. Todos
estão conectados e se influenciam sinergicamente.
Há muita força quando você, por
exemplo, toma suas decisões apoiado em um senso de trazer bem estar para todos
ao seu redor. Há congruência, segurança e respaldo emocional.
Entender e compreender esta correlação
entre todas as áreas amplia enormemente o autoconhecimento e o senso de responsabilidade
do indivíduo e, juntas, estas duas forças promovem motivação interior o que
resulta em um crescimento acelerado do indivíduo.
3. De que forma a
publicação equilibra as vontades versus necessidades humanas?
De forma direta eu diria que seria quebrando
esta ideia de que são contrárias, concorrentes ou inimigas. É como se eu
tirasse o “versus” de sua pergunta. Afinal, como no livro, na parte das
emoções, eu deixo claro que não temos controle sobre as mesmas.
Elas nascem de uma parte mais íntima
de nós. Alheias ao nosso controle, as vontades sempre existirão.
Está em nosso controle, porém, as ações
tomadas após as vontades surgirem.
O senso de responsabilidade,
mencionado na resposta anterior, que faz o indivíduo retomar o controle.
É fácil perceber como isso impacta
sua performance nos estudos, sua alimentação e até mesmo o seu comprometimento
com seus relacionamentos amorosos.
Incorporamos as vontades do campo
emocional no escopo de forças do indivíduo. Abordando o tema de forma intelectual,
trazendo a razão para o diálogo interior, o indivíduo pode alterar o seu
discurso interno e alterar seu estado emocional, saindo de um estado de vítima
para um estado de força, por exemplo.
4. Na sua visão,
qual a atitude principal e necessária para se equilibrar a vida?
Autoestima. É a base para tudo o que você
faz e tudo o que você tolera em sua realidade.
No final, você tem a vida que tolera
e aceita.
Apenas a sua autoestima – na forma de
um amor próprio – cria o senso de merecimento necessário que faz você dizer: “Chega!
Mereço algo diferente! Vou mudar já!”. É a grande força motriz pelo cuidado que
você dá a si mesmo. Pelo nível de suas relações. Até mesmo o seu trabalho, é o
que você tolera para si mesmo.
5. O senhor
acredita que o livro pode ajudar as pessoas a se libertaram de sua inércia
mental e psíquica? Como?
Primeiro ponto porque é um livro
simples, inteligível. O discurso é didático e objetivo. A linguagem faz com que
você o leia em poucos dias.
Escrevo como falo, sendo assim, eu fujo
de termos técnicos ou mesmo cansativos. Isto traz engajamento por parte do
leitor, que se sente envolvido ao ponto de colocar os exercícios – igualmente simples
– em prática.
Segundo ponto está na ação. Se o
leitor realizar apenas um exercício, sua vida já tomará outro rumo.
Uma mudança ou ação, mesmo que
pequena, afeta todas as áreas da vida e, adicionalmente, quebra o estado de
inércia.
Quebrar este estado é substituir o
hábito do “não fazer” pelo hábito do “fazer” e, seguramente, entrar em ação é o
hábito que queremos desenvolver no leitor.
6. Há uma frase que
diz: você é o que você pensa ser. O senhor acredita nisso?
Acredito 100%. Afinal, se você se
define como algo, não há ninguém capaz de torná-lo algo diferente dessa sua autoimagem.
Isto retoma a questão da autoestima.
A maneira como você se vê refletirá
na forma como você se comunica, se porta, se movimenta e define suas escolhas
na vida – profissionais, pessoais, intelectuais.
Você escolhe os desafios que acredita
que pode vencer e essa crença parte da sua autoimagem.
Está tudo dentro de você. Simples
assim.
Se me vejo um profissional competente
e capaz, aceitarei desafios que atendam a esta minha natureza. O contrário
também é verdadeiro.
7. A transformação
pessoal é possível? Em que ponto da vida o senhor acha que essa transformação é
ideal?
É totalmente possível. Difícil, porém,
é pontuar um ponto da vida. Por ser um processo contínuo, a transformação não
tem um ponto de início ou um ponto final.
É possível pontuar, entretanto, o momento
que a pessoa toma consciência deste processo de transformação. Esta consciência
acelera o processo, o que torna a transformação mais evidente e também
direcionada.
Ironicamente, os momentos de maior
insatisfação, tristeza ou mesmo decepções, se tornam grandes trampolins para a
mudança.
Esses contratempos da vida nos fazem
observar e questionar: “O que está acontecendo?” “O que faço de errado que
sempre acontece isso comigo?”, entre outras perguntas catalizadoras de um diálogo
pró-transformação.
Quando estas perguntas surgem, a inação dói mais do que a ação
necessária para a mudança, sendo assim, o indivíduo muda e se transforma.
8. O dia a dia das
pessoas geralmente é muito agitado. Como o senhor acredita ser possível tratar
a vida de maneira sistêmica no meio de um turbilhão de compromissos?
A vida é sistêmica. Conscientes ou
não deste fato, ela operará da mesma maneira: indivisível, sistêmica e buscando
a congruência natural do Ser, com todas as áreas se comunicando.
A melhor maneira de fazermos isso é
abrir espaço, na forma de tempo e atenção, para todas as áreas da vida em nossa
rotina.
Isso significa que devemos nos
dedicar pelo menos alguns minutos do dia, para cada uma destas áreas.
Cada área requer um tipo de atenção
diferente.
Não há uma receita única para todas
as pessoas.
As suas emoções dirão a você o quanto
você precisa se dedicar.
Por exemplo, na área de contribuição,
que pode também ser entendida de maneira espiritual, algumas pessoas precisam
de 15 minutos diários de meditação enquanto outras tem uma necessidade de se
dedicar 1 dia inteiro em trabalho voluntário. Cada um tem sua própria maneira
de busca a satisfação pessoal interna. Não há melhor ou pior, é pessoal.
Respeitar a individualidade e suas
próprias necessidades não apenas garante a eficiência do processo como é a garantia de que na busca pelo
equilíbrio não seja gerado mais desequilíbrio.
9. Qual é o segredo
do sucesso profissional e pessoal?
Acredito que é um conjunto. Primeiro
falaria da coerência. Pensar, Falar e Fazer. Alinhar os 3 fará com que você seja
bem-sucedido. Digo isto no sentido de conseguir realizar os seus objetivos e
planos.
Felicidade é outra coisa. Você pode
realizar muitas coisas e não ser feliz – o que, pessoalmente, não é ser bem
sucedido.
É aqui que entra o segundo ponto.
Definir o seu propósito trará felicidade.
Ser feliz é quando os objetivos
realizados estão alinhados com a sua natureza, seus desejos e seu propósito de
vida.
Você se sente útil, produtivo,
criador, necessário e relevante. Ama e se sente amado. Sente-se parte de toda a
sociedade e de toda a criação. Se aceita e se ama. Progride e tem orgulho de si
próprio.
Esta sensação é a maior prova do
sucesso pessoal e profissional.
10. Quando uma
pessoa o contrata, qual é a abordagem da primeira conversa?
Gosto de explicar como, para obter o
seu objetivo, observaremos todas as áreas da vida. Explico que muitas vezes os
bloqueios que a travam são inconscientes e, obviamente, invisíveis no cenário
que ela busca o resultado.
Por exemplo, a pessoa quer progredir
no trabalho, está “patinando” e não sabe o porquê.
As respostas podem ser encontradas em
outras áreas da vida. Uma vez detectado o padrão do bloqueio, podemos encontra-lo
em todas as outras áreas.
Todo processo começa com este foco no
autoconhecimento e no entendimento das capacidades do indivíduo.
Numa segunda fase entramos na formulação
de um plano de ações para a busca de seus resultados e, em seguida, colocamos
as ações em prática avaliando os pontos resistentes e os bloqueios que surgem
no caminho, promovendo, assim, progresso e uma melhoria contínua.
11. Em linhas
gerais, quais as impressões de que o senhor consegue obter de uma pessoa no
primeiro contato?
É possível saber muito da pessoa
observando seus comportamentos e suas palavras. É possível saber seus valores
pessoais, desejos, objetivos. Gosto de analisar, sobretudo, suas prioridades.
Até mesmo a arquitetura do raciocínio
da pessoa é possível ser notada na primeira conversa. É preciso adaptar a
linguagem para cada cliente, falar da maneira que eles consigam entender e se
sintam alinhados com isso. O Rapport entre
cliente e coach é a alavanca que faz o trabalho do Coach dar certo. Se o
cliente se colocar na defensiva ou julgar o coach de maneira pejorativa, não há
sinergia no trabalho de ambos e o processo é perdido. Neste primeiro contato,
meu foco é conquistar essa identificação junto com o cliente a partir de um
entendimento global do seu contexto de vida.
Mario Meireles é autor da série de livros Life Coaching.
Formado em Engenharia pela USP e Coaching pela SBC.
Trabalha há 13 anos na área de desenvolvimento de negócios
e pessoas. É palestrante, conferencista, empreendedor e PAI.

Olá Mario, boa tarde amigo.
ResponderExcluirPrimeiramente, gostaria de agradecer a você a ótima companhia na viagem que fizemos juntos no vôo de SP para Floripa, foram momentos importantes com trocas de experiências de vida e conhecimentos pessoais.
Fico muito feliz e realizado quando encontro em minhas viagens a trabalho pessoas como você, jovens que estão fazendo o que acreditam e principalmente aquilo se se realizam em fazer.
Deus abençoe você meu amigo e toda sua família, e espero poder nos encontrar em breve por esse Brasil a fora.
Prof. Maurício Ferreira