O Princípio da Utilidade
O Princípio da utilidade
Antes de mais nada, quero chamar a sua atenção para algo
muito importante. Há preconceitos quando eu falo isso, portanto, peço um pouco
de persistência e que você deixe eu continuar com meu raciocínio. Mantenha a
cabeça aberta.
Eu o batizei de Princípio da Utilidade.
Então vamos lá:
Tudo está conectado e tudo é útil e necessário neste mundo.
Vou começar falando sobre o TUDO ESTÁ CONECTADO.
É um fato! Observe só que coisa interessante. Talvez amplie
sua perspectiva e sua visão, acredite, continue lendo.
Um dia, há anos atrás, eu estava almoçando no restaurante da
minha faculdade. Naquele momento fiz minha rápida mentalização de gratidão e no mesmo momento
fui acometido por uma onda de lucidez muito grande. Realmente foi uma
experiência incomum e positiva.
Enquanto eu mastigava o arroz com o feijão e observava meu
prato, eu tive uma visão da fazenda de Cenouras, e de como este meu ato de
comer naquele restaurante beneficiava o fazendeiro e ele era grato por haverem
compradores para o produto dele.
Ao mesmo tempo, em uma troca quase instantânea de imagens eu
pude ver a empresa que produzia o Maquinário utilizado na fazenda e seus
funcionários gratos por eu consumir aquele prato de comida que dava utilidade
às máquinas deles.
E assim a minha visão continuou indo, como houvessem setas
saindo de diferentes lugares do mapa do mundo, e elas iam parando em vários
lugares e se conectando.
O aço que produzia a máquina vinha da índia, usavam peças da
china, projetadas nos Estados Unidos, e as setas iam aumentando em quantidade.
E não estou falando sobre globalização, a questão é mais
ampla e mais profunda.
Eu sentia o agradecimento, o senso de utilidade de todos.
Eu via o Dinheiro que eu pagava no caixa, voltando e sendo
repartido entre os funcionários do restaurante, em suas famílias, nas compras
que eles faziam, nos fabricantes dos produtos que eles compravam e a coisa ia
em frente.
Eu me sentia grato, e sentia a reciprocidade do mundo
inteiro.
Até, eventualmente, as Setas voltarem para mim e o ciclo se
fechar. Eu, como engenheiro, entregando soluções e benefícios que impactariam
às vidas deles.
Eu sentia ali o que eu nomeei de Princípio da utilidade.
Tudo, e todos, foram necessários. Foram úteis.
Percebi também que, em cada momento que um ser humano abre
os olhos e inicia seu dia, suas ações, todas sem exceção, impactam o mundo, até mesmo o simples abrir de uma torneira para lavar o rosto.
O somatório destas ações, com milhões de pessoas, aumentam o
impacto e a relevância das trocas e das sensações de utilidade.
Se pensarmos em quanta coisa aconteceu até este texto chegar
à você, passaríamos o dia discutindo.
É incrível.
Um outro exemplo.
Na minha formação, sou engenheiro ambiental por formação acadêmica,
eu sempre afirmei que, por exemplo, para a Natureza não existem Resíduos. O
Lixo é lixo apenas para o homem em seu curto espaço de vida.
Se sumíssemos da Terra, nos auto-exterminássemos, todo
concreto, ferro, e lixo seria metabolizado pelo planeta em alguns milhares de
anos. Até mesmo o plástico, em alguns milhares de anos, voltaria a ser apenas
energia circulando em uma nova forma material.
A Terra não está muito preocupada com a gente, ela
metaboliza tudo. Nós deveríamos nos preocupar, entretanto.
A Natureza conhece o princípio da utilidade. Para ela, não
há o inútil. Ela entende que tudo é energia e, o trabalho dela, é transformar a
energia em uma nova forma.
É Idêntico ao que fazemos.
Porém, muitos de nós não temos
esta ciência do Princípio da Utilidade.
E, assim, entro na segunda parte do argumento TUDO
É ÚTIL E NECESSÁRIO NESTE MUNDO.
Quando eu falo isso, em questão de segundos, alguém levanta
a mão e pergunta: “Mario, mas e a escravidão?”, “Mario, mas e as coisas ruins,
mortes assaltos, etc?”.
Sinto que, muitas vezes, as pessoas perguntam não porque
querem realmente saber minha opinião, mas sim porque elas tem dificuldades de
ACREDITAR nesta poderosa afirmação.
Poderosa? Isto mesmo, PODEROSA. Imagine-se em um mundo aonde
nada é desnecessário, aonde tudo é útil e, sendo assim, tudo é para o BEM.
Inclusive as coisas más! Conseguiu imaginar?
Eu entendo que é um conceito difícil de entender e até
mesmo, muitas vezes, difícil de acreditar.
Lutamos para não acreditar nisso.
Afinal, queremos que todas as coisas ruins que aconteceram para nós sejam “vingadas”
sejam “justificadas” ou mesmo sejam “indenizadas”.
Barganhamos com a vida. Falamos assim: “Olha, aquilo que
aconteceu foi errado, por isso, agora eu quero isso e isso e isso...Como
compensação”
Esta forma de pensar, centrada no VITIMISMO pode funcionar
na sua casa, com amigos etc.
Funcionava muito quando você era criança. Seus
pais, barganhando com você, davam doces, balas e etc, para compensar uma
desavença, uma mudança de planos (não vamos mais no parquinho filho), ou mesmo,
inocentemente, para te animar.
Culpar aos pais hoje em dia já não serve para você. O jogo
da vida adulta não permite isso.
Porque, então, simplesmente não assumimos que tudo pode
servir para nosso crescimento, aprendizado e muito mais?
Porque não acabamos com o vitimismo? Com o “Coitadismo” de
mim?
Te respondo, basicamente 2 motivos:
1 – A Aceitação social é enorme quando você age como
coitadinho, 90% da população tem esta postura em algum campo da vida
(Analise-se e veja em qual área da sua vida mora o seu Coitado). Na realidade dá
até assunto para conversar.
Ironicamente, as pessoas até competem para ver quem se deu
Pior.
A amiga fala para uma: “Amiga você não acredita, passei em
um buraco e furei o pneu do carro” e a outra, querendo vencer, diz “Nossa,
sabia que isso já aconteceu comigo? E você não sabe, estava com o Step vazio e
era de noite, fui quase assaltada...”
Triste e dura verdade, não é?
2 – Assumir a responsabilidade, crescer e buscar evolução dá
um trabalhão.
Esta segunda é mais objetiva.
Assumir uma nova postura, no sentido de encarar tudo como
positivo, é muito difícil. Exige um esforço psicológico enorme e, nem sempre, conseguimos fazer isso.
Mas o importante é apenas direcionar.
Se alcançaremos esta condição vai depender do nosso empenho.
Se alcançaremos esta condição vai depender do nosso empenho.
Todos os momentos desafiadores da minha vida, confesso que em
muitos eu ainda não tinha esta visão do Princípio da utilidade, me trouxeram
crescimento.
Este é o objetivo da vida. Te fazer crescer. É o que ela
quer e se empenha todos os dias.
Um outro dia eu publiquei no meu perfil do instagram
(@mhmeireles) uma imagem com a seguinte frase minha: “Hoje o seu conhecimento e sua experiência
são Máximos. Espere desafios ainda maiores”
Quando eu disse isso, não tinha o objetivo de assustar
pessoas.
“Ele fala como se já não estivesse difícil”.
“Ele fala como se já não estivesse difícil”.
O que quero dizer é que, uma vez que você aprende a superar
um tipo de problema, resolver aquela questão novamente já não é mais tão
difícil. Você aprendeu, cresceu, e agora, para algo ser considerado problema,
precisa ser maior ou mais difícil que o anterior.
Espero que você acredite no princípio da utilidade. Na
realidade, pensar desta maneira alivia, e muito, a carga emocional dos eventos
que acontecem na sua vida. Com menos envolvimento emocional, você resolverá as questões
com mais facilidade.
Se não consegui te convencer, não tem problema. O Princípio
continuará operando para você normalmente. É parte da natureza, lembra? Nada é
resíduo, nada é inútil ou desnecessário.
Somos parte desta natureza e, sinceramente, já percebi que
ela não se preocupa com as nossas crenças, se acreditamos nela ou não, tampouco
se preocupa com nossa opinião “acho isso feio, certo, errado,bonito,etc...” ela
existe, segue suas próprias regras.
Este é a base da Justiça, existem regras iguais para todos.
Não importa a sua opinião. Viole ou Siga. Escolha um lado.
De preferência, seja útil.
Como exercício sugiro o seguinte:
Reflita sobre o impacto que você tem nas pessoas do seu dia
a dia. Visualize a sua importância, como ela reflete e permeia todo o mundo.
Reconheça a sua IMPORTÂNCIA neste mundo.
Você veio aqui para mudá-lo.
Acredite nisso.
Com amor,
Mario

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